O LUGAR
Missão e Visão
Temos como visão uma sociedade onde todas as crianças e jovens tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver plenamente, em ambientes seguros e familiares e com apoio da comunidade. bem como o apoio necessário para que possam alcançar o seu pleno potencial.
COM O SEU APOIO, MUDAMOS O FUTURO
dos jovens em acolhimento e pós-acolhimento, famílias vulneráveis e em risco de exclusão social e simultaneamente dinamizamos o interior.
Quem somos
Manuela Cardoso
Bárbara Moreira
Sara Ribeiro
Rafael Abreu
Fátima Saraiva
Perguntas frequentes
Existem mais de 6.347 crianças e jovens em situação de acolhimento. O número de crianças e jovens que entraram em acolhimento aumentou 19% entre 2021 e 2022. Há dois anos, entraram no sistema cerca de 1800 menores; no ano passado foram 2228, totalizando agora 6347 crianças à guarda do Estado. Destes, 608 exigiram proteção imediata por estarem em risco de vida ou perigo iminente. (Relatório CASA 2022, ISS, IP).
Quase 30% das crianças e jovens que vivem em instituições precisam de acompanhamento psiquiátrico e os desafios aumentam quando deixam o acolhimento, com casos de prisão, toxicodependência, sem abrigo ou suicídio.
O desafio começa quando acaba o acolhimento.
O relatório CASA 2022, admite a necessidade de proteger e acompanhar os jovens que saem do acolhimento. Segundo o mesmo, dos 989 jovens com 18 anos ou mais que saíram do sistema de acolhimento, foram identificados 61 casos em se poderia alterar a “situação de meio natural de vida em que o jovem vive para uma medida de colocação”, o que “traduz uma maior vulnerabilidade dos jovens com percurso em acolhimento”.
Em 2022, saíram 2.250 crianças e jovens do sistema de acolhimento, 1.469 dos quais com 15 anos ou mais.
É urgente cooperar com as Casas de Acolhimento Residencial a preparação plena para a autonomização dos jovens, garantindo uma resposta que preveja a integração comunitária, social, profissional e habitacional dos jovens à saída do acolhimento, sobretudo aqueles que só têm a alternativa de projeto de vida de autonomização, sem retaguarda familiar. Só assim se poderão aumentar as possibilidades de quebrar o círculo da vulnerabilidade, devendo existir respostas sociais que acolham essas necessidades e as colmatem verdadeiramente, numa comunidade justa e desenvolvida.
Também a prevenção e o acompanhamento familiar se torna um aspeto fundamental para prevenir a residencialização de mais crianças e jovens, assim como a alternativa de colocação em família de acolhimento, sempre que possível, pois esse é idealmente o lugar preferencial para uma criança crescer com amor e segurança.
O acolhimento residencial consiste na colocação da criança ou do jovem aos cuidados de uma Casa de Acolhimento Residencial que disponha de instalações, equipamento de acolhimento e recursos humanos permanentes, devidamente dimensionados e habilitados, que lhes garantam os cuidados adequados às suas necessidades e bem-estar, com vista ao seu desenvolvimento integral, nos termos do artigo 41.º da LPCJP.
As Casas de Acolhimento Residencial funcionam em regime aberto e são organizadas em unidades que favoreçam uma relação afetiva do tipo familiar, uma vida diária personalizada e a integração na comunidade.
A medida de acolhimento residencial é executada tendo por base a previsibilidade da reintegração da criança ou do jovem na família de origem ou em meio natural de vida.
As crianças e jovens acolhidas residencialmente necessitam de todos os cuidados básicos ao seu saudável desenvolvimento, muito amor e de segurança para as aprendizagens florescerem, numa ambiente familiar na Casa de Acolhimento Residencial. Necessitam restabelecer relações próximas, estáveis e de confiança, quer com os seus cuidadores, quer com a comunidade e, se possível, com a família, para que sejam promovidas as competências e ferramentas necessárias à reparação dos danos físicos e psicológicos das experiências adversas que as colocaram em perigo, grande sofrimento ou trauma. Necessitam de um ambiente reparador e seguro que promova o seu desenvolvimento integral.
O CAFAP é uma resposta social dirigida ao trabalho de intervenção com famílias, crianças e jovens, dos 0 aos 18 anos, que se encontrem numa situação de risco ou perigo.
Integra como modalidades de intervenção a preservação familiar, a reunificação familiar e o ponto de encontro familiar, através de estratégias promotoras do fortalecimento de competências pessoais, parentais e sociais através de aconselhamento parental, abordagens terapêuticas, apoio psicopedagógico, prevenção de situações de risco ou perigo, intervenção em meio natural de vida, treino de competências parentais e familiares.
Objetiva assegurar o desenvolvimento integral das crianças e jovens, potenciar as competências familiares e individuais, assim como as interações familiares com a comunidade, encaminhando e facilitando o uso dos recursos disponíveis para a sua reestruturação e reintegração social, prevenindo a separação da criança e/ou jovem da sua família ou favorecendo a sua reintegração.
O Centro de Apoio familiar e Aconselhamento Parental é desenvolvido através de acordo de cooperação celebrado com a Segurança Social e regulamentada pela Portaria nº 139/2013 de 2 de Abril.
O acolhimento familiar é uma medida de promoção e proteção de caráter temporário, decidida pelos Tribunais de Família e Menores ou pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, que consiste na atribuição da confiança da criança e/ou jovem a uma pessoa singular ou a uma família, visando a integração em meio familiar e a prestação de cuidados adequados às suas necessidades e bem-estar e a educação necessária ao desenvolvimento integral.
Estas crianças e/ou jovens são acolhidas numa família, por de terem vivido situações que as colocaram em perigo ou desproteção (p.e. maltrato físico e/ou emocional, negligência, abandono, abusos, entre outros), que lhes causam sofrimento e que condicionam, muitas vezes, o seu desenvolvimento integral, assim como o seu comportamento e bem-estar. Torna-se essencial agir na reparação desses efeitos, no seio de uma família que lhes possa garantir afeto, segurança e todos os cuidados e experiências essenciais ao seu saudável desenvolvimento.